COMO CALCULAR O BDI?






Como calcular o BDI?

BDI na construção civil: Por que calcular é tão importante?

Nesse artigo trazemos O orçamento de obras  é um dos elementos mais importantes para a construção civil, independentemente da obra ou edificação que vá ser construída. 

E para fazer o orçamento, vários cálculos devem ser feitos. 

Índices se tornam fundamentais nessa etapa, pois fornecem uma metodologia confiável para determinar o orçamento e custos em diferentes setores da obra. Um dos itens mais importantes é o BDI. 

Você sabe o que é e como calcular o BDI na construção civil?





A fim de esclarecer sobre todas essas questões, preparamos este breve artigo. Ao final, destacaremos como a OrçaFascio pode contribuir para facilitar o cálculo do BDI na construção civil.





Leia e confira!

Para entender a conta do BDI na construção civil é essencial, primeiro, conhecer cada um dos custos inseridos na fórmula. 

São 9 custos que devem ser considerados:
  1. AC
  2. CF
  3. S
  4. MI
  5. TM
  6. TE
  7. TF
  8. MBC
  9. G

Explicamos cada um deles…

BDI = {[( 1+ AC + CF + S + MI )/( 1 – TM – TE – TF – MBC – G )] – 1} x100

Nesta fórmula, temos:

1. AC ou Administração Central_ AC – Administração central: corresponde ao rateio do custo da sede entre as obras da construtora. A variação em percentual gira em torno de 7% a 15% (empresas com grande faturamento anual) e de 10% a 20% (empresas com pequeno faturamento anual);

É aqui que são inseridos os custos relacionados ao funcionamento da construtora: salários, contas, equipamentos, materiais de escritório. Claro, como o BDI é calculado para todos os projetos, não é o valor total que será inserido em cada orçamento de obra.


2. CF ou Custo Financeiro

É quanto a construtora paga para que a obra seja realizada. São os custos das medições, licitações, contratos e outros documentos envolvidos naquela obra.
CF – Custo Financeiro: A inclusão do custo financeiro caberá em razão das condições de medição e pagamento preconizadas no contrato, assim como o programa de desembolso verificar a necessidade de incluir o custo financeiro;


3. S ou Seguros

S – Seguros: Representa o custo referente aos seguros previstos ou não no contrato, tais como: performance bond, garantia de execução contra terceiros, entre outros;

Existem diversos seguros que uma construtora deve ter para proteger a obra, sejam eles previstos ou não em contratos.

Entre os principais estão:
  • garantia de execução contra terceiros;
  • seguros contra acidentes;
  • performance bonde muitos outros.

4. MI ou Margem de Incerteza

MI – Margem de Incerteza: Esse elemento deve ser levado em consideração na confecção do cálculo BDI apenas por empresas contratantes. Visa, portanto, melhorar eventuais distorções no valor aproximado pelo cálculo estimado, devido ao seu caráter genérico adotado pelos contraentes.
Costuma variar entre 5% e 10%; O mais praticado é utilizar de 5% a 10% do valor total.

Esse é um custo que só diz respeito a empresas contratantes e que garante que distorções nos valores não prejudiquem o orçamento.

Quando se realiza um orçamento de obra, muitos dos custos diretos são estimados e aproximados.

É a margem de incerteza que garante que variações nesses custos não impactem negativamente a lucratividade.


5. TM ou Tributos Municipais

TM – Tributos Municipais: Aqui são levados em consideração os tributos municipais, como o ISS;

Como o próprio nome sugere, são as taxas e tributos exigidos em cada município para a realização de uma obra, como é o caso do ISS.


6. TE ou Tributos Estaduais

TE – Tributos Estaduais: Aqui são levados em consideração os tributos estaduais, como o ICSM;

O mesmo dos municipais, mas exigidos por cada estado. Um exemplo é o ICMS.


7. TF ou Tributos Federais

TF – Tributos Federais: Aqui são levados em consideração os tributos federais, como COFINS, PIS, IRPJ, CSLL e INSS;

São os tributos exigidos no Brasil. Caso sua construtora cresça e se torne internacional, é essencial saber que outros países possuem outras exigências de tributos. Para o Brasil, podemos citar como exemplo o INSS, PIS, COFINS, IRPJ e CSLL.


8. MBC ou Margem Bruta de Contribuição

MBC – Margem Bruta ou Contribuição (ou Lucro Bruto Previsto): Esse elemento é um valor aleatório, particular para cada empresa ou da proposta de preços. É baseado em função do mercado.

Também chamada de Lucro Bruto Previsto é o valor que se espera ter após realizar todos os pagamentos associados ao projeto.

Esse valor é escolhido pela construtora, não existindo uma regra, mas é sempre bom observar os valores do mercado para decidir.



9. G ou Garantias

G – Garantias: É referente ao custo para cumprir o contrato oferecendo as garantias previstas, que podem ser diversas, tais como: seguro garantia, papeis selecionados ou caução;

São os custos para que as garantias previstas no contrato possam ser oferecidas, como é o caso do caução, papéis selecionados e seguro garantia.

Após identificar todos esses valores, basta colocar na fórmula:
BDI ={ [ ( 1+ AC + CF + S + MI ) / ( 1 – TM – TE – TF – MBC – G ) ] – 1} x 100

Uma vez que a construtora tem em mãos o BDI, chegar ao preço de venda depende de só mais uma conta:
Preço de venda = custo direto x (1 + BDI/100)

E assim a construtora passa a ter um orçamento muito mais eficiente.


Controle financeiro: impossível sem o BDI

Observando cada um dos elementos que faz parte do BDI, fica claro que ele leva em consideração cada custo e imprevisto associado ao funcionamento de uma construtora. Construtoras que não conseguem gerenciar seus processos internos e independentes dos projetos não conseguem alcançar crescimento.

Assim, o BDI se torna uma ferramenta essencial para ter controle financeiro e lucratividade, tornando não só o orçamento de obras mais eficiente, mas toda a gestão de obras.






Algumas fórmulas para cálculo de elementos do BDI

Ainda que sempre que comentamos sobre o BDI falamos em uma única conta, na verdade, entender o BDI depende de diversos pequenos cálculos. Esse índice depende de calcular custos diretos, indiretos, acessórios e muitos outros detalhes que devem ser calculados separadamente para inserir na fórmula principal.

Mesmo o cálculo principal sofre variações dependendo do tipo de obra. É isso que vamos detalhar agora:

1. Custo indireto
São custos administrativos, de despesas do escritórios e de equipes técnicas, que possuem encargos sociais e outras taxas. São necessárias 3 fórmulas para calcular a porcentagem referente à administração da obra. Isso porque é necessário utilizar a fórmula da porcentagem da administração da obra (Ao):

Ao=Df+Dm

Nela, Df é a porcentagem de despesas fixas e Dm a porcentagem de despesas mensais. Para calcular as despesas fixas é preciso saber o valor médio das despesas fixas (Σdespesasfixas) e o custo direto (CD), fazendo Σdespesasfixas dividido pelo CD e multiplicado por 100.

Df = Σdespesasfixas/CD.100

Já as despesas mensais são calculadas o valor médio das despesas fixas (Σdespesasfixas), multiplicado pela duração da obra (P), dividido pelo custo direto (CD) e multiplicado por 100.

Dm = (Σdespesasfixas.P)/CD.100
2. Custo acessório

São os custos não afetados direta ou indiretamente pela obra, custos que são rateados entre as obras a serem executadas e que mantém o escritório funcionando e pagam um fundo para imprevistos.

O principal custo acessória a ser calculado é o da administração central, que considera os custos de um determinado período de tempo e as obras que devem ser realizadas nele. Uma porcentagem saudável e que é capaz de manter o funcionamento da construtora é de 2% a 5% do cuso direto. 

A fórmula para o cálculo da Administração central (Ac) é:

Ac = despesa anual da sede / ΣCDdas obra do ano . 100

3. Custo financeiro

Seu cliente paga pelo que é apresentado na medição, mas quem efetivamente paga os trabalhos e materiais na obra é a construtora. Isso pode gerar uma perda de dinheiro por variação de preços do dia que o orçamento foi feito até o dia que a compra é realizada.

Calcular essa diferença é o papel do cálculo do custo financeiro, que usa como base o tempo, em dias, que o órgão demora para pagar a medição (n) e a porcentagem da taxa de juros mensais da aplicação financeira (j) na fórmula:

Cf = (1+ j /100) (n/30) −1


4. Imprevisto e contingências
Toda obra passa por imprevistos e deve ter uma margem de contingência caso problemas ocorram. Inserir esses valores na hora de calcular é essencial para ter um BDI eficiente.

Estimar uma porcentagem para imprevistos é o diferencial para o sucesso da obra, mas não existe uma fórmula, apenas algumas recomendações.

Por exemplo, quando as obras são simples e o construtor experiente, recomenda-se uma margem de 0,5% em contratos por preço unitário e 1% em por preço global. Caso seja uma obra normal com construtor experiente, as porcentagens são de 1,5% e 2,5%. Já para obras complexas com construtor inexperiente, de 3% e 5%.


5. Seguro

Ter um seguro básico para caso de problemas na obra é muito importante. Seu percentual é calculado sobre o total da obra com a seguinte fórmula:

S = VS/CD.100

VS é o valor do seguro e CD, como já vimos, os custos diretos.





Variações no cálculo do BDI

Existe uma equação principal para calcular o BDI que é bem conhecida das construtoras. A fórmula principal é:

BDI = Custo/CDI.(1-i) – 1

Nessa equação:
  • Custo – todos os custos ligados à obra;
  • CD – custos diretos;
  • i – incidências sobre o preço de venda.

No entanto, se o valor calculado é referente à uma obra particular, existem alguns valores que não são considerados sempre, como a garantia e a administração de obra. Nesse caso, a fórmula muda para:

BDI = [(1+Ao+Ac+R+S).(1+Cf)/ 1-(L+T) -1].100

Onde:
  • Ao – Administração de obra;
  • Ac – Administração central;
  • R – Riscos;
  • S – Seguro;
  • Cf – Custo financeiro;
  • L – Lucro da empresa;
  • T – Tributos a serem pagos.

Bastando eliminar da fórmula o que não corresponde à obra em questão.

Já o BDI para obras públicas, por sua vez, não considera taxas de administração de obras para financiamento com verbas federais nem impostos do tipo IRPJ e CSLL. Elas ainda têm garantias mais diretas e lucro calculado sobre o custo direto e não sobre o preço de venda.

Com essas particularidades a fórmula se altera para:

BDI = [(1+Ac+R+S+G).(1+Cf).(1+L) / 1-T – 1] . 100

Aqui temos:
  • Ac – Administração central;
  • R – Riscos;
  • S – Seguro;
  • G – Garantias;
  • Cf – Custo financeiro;
  • L – Lucro da empresa;
  • T – Tributos a serem pagos.

Considerar cada uma dessas variáveis é importante para construtoras que desejam cumprir com as melhores práticas de BDI. Assim, é sempre essencial considerar as obras caso a caso.


Automatização do cálculo do BDI

Por mais atenção que os arquitetos, engenheiros e gestores tenham, toda análise e uso de dados e números corre riscos de erros humano. Quando falamos em grandes números e muitas variáveis, como acontece no cálculo do BDI esse risco se torna ainda maior.

Mesmo que muitas construtoras e profissionais estejam acostumados a sempre fazer essas contas com papel, calculadoras ou planilhas do excel, buscar formas de otimizar o processo reduz riscos, ainda que exija um período de adaptação.

No caso do BDI, a melhor forma de eliminar erros é usando automatização. Desde o levantamento dos custos indiretos da construtora até cada detalhe dos custos de uma obra, a automatização pode significar resultados muito melhores.

Controlar fluxo de caixa, explicar os custos para o cliente, organizar as margens de lucro e pagar custos indiretos devem ser parte de um bom orçamento e a tecnologia permite otimizar a inserção de todos esses elementos.

A automatização do cálculo do BDI por meio de sistema de gestão integrado, que ofereça uma visão completa dos custos indiretos e maior facilidade na organização do orçamento é, então, essencial para as boas práticas.
BDI: a ferramenta essencial do sucesso da construtora

Orçamentos são o coração do sucesso de um projeto de construção civil. Não é possível realizar nenhum dos passos, por mais detalhados que sejam, do planejamento se o orçamento não garante que todos os custos sejam cobertos.

Um orçamento mal elaborado impacta a qualidade do acabamento, o cumprimento de prazos e o fluxo de caixa da construtora. Ainda que seja possível estabelecer um orçamento que cubra todos os custos da obra sem o BDI, ele é determinante para garantir que a construtora cresça a medida que entrega as obras.

Quando pensamos no papel do cálculo BDI em garantir que todos os custos diretos e indiretos sejam considerados no orçamento, seu papel no sucesso da construtora fica claro. Por isso, seguir as melhores práticas é sempre essencial.





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