UNIVERSO SOLAR PUNK X AGENDA 2030/ OBJETIVO: FOME ZERO


UNIVERSO SOLAR PUNK  X AGENDA 2030/ OBJETIVO: FOME ZERO

Laura Lidia Rosa
Arquiteta Urbanista Xeropaisagista
Maio 2022

"Uma das metas da Agenda 2030 é acabar com a fome e promover a agricultura sustentável no mundo." 

Neste artigo falarei sobre o objetivo 2: "FOME ZERO E AGRICULTURA SUSTENTÁVEL", uma das principais bandeiras do meu Escritório de Projetos Coletivos >>> URBAN etc... trazendo projetos Urbanos Sustentáveis e a ação da implantação da Arquitetura "Solar Punk" muito além das smart cities verdejantes... que adota Paisagismos Verticais e Agricultura Urbana em Edifícios comerciais e residenciais, aqui o arquiteto utiliza de muitas estratégias, tais como:
  • Co criar novos espaços de fornecimento de alimentos;
  • Edifícios inteligentes que produzam energia;
  • Projetos que promovam diminuição de ondas de calor;
  • Estratégias para Redução do índice CO2, 
  • Projetos de Áreas verdes para convívio e lazer;
  • Implantação de Acessibilidade;
  • Implantação de Design Universal;
  • Implantação de Economia Criativa;
  • Implantação de Cultura e moda;
Todos esses projetos de infra estrutura urbana em sinergia com as 17 ODS da ONU.
 
Além de  estabelecermos metas que impeçam a fome, os profissionais arquitetos, engenheiros atuam como projetista para o futuro sustentável, pesquisando, estudando e resolvendo problemas bioclimáticos e como tudo isso impacta nossa sociedade. 

A questão do negacionismo, não só com a pandemia, mas com o aquecimento global e a própria democracia. O público anda buscando leituras com enredos em cenários mais otimistas, sem tentar imitar as utopias tediosas de séculos passados, já que toda trama legal tem de ter dilemas.

Essa noção de uma “utopia ambígua” também é algo que o solarpunk compartilha. Uma mudança em relação ao meio ambiente, e mesmo ao sistema socioeconômico, não melhora todo o conflito na condição humana.

Como uma forma de ficção especulativa que retrata explicitamente esses futuros verdes, e implantação de AGRICULTURA URBANA o solarpunk pode ser uma ferramenta valiosa para promover a ação, superando o cinismo generalizado sobre o futuro. 

A ficção Solarpunk é, portanto, uma ferramenta útil para educadores de sustentabilidade porque incentiva o exame crítico do impacto ambiental de alguém. Este artigo detalha as maneiras pelas quais as histórias solarpunk funcionam como mídia contra-hegemônica, entrelaçando questões de raça, gênero, sexualidade, classe e colonialismo com uma ética ecológica.

"Solar Punk"  Livro: Solar Punk Histórias Ecológicas em PDF/ boa leitura!
https://www.erambiental.com.br/var/userfiles/arquivos69/documentos/12857/GersonLodiRibeiro-SolarpunkHistoriasEcologicas.pdf  

Confira essa tendência mundial!


Resumo: 
Este artigo examina o gênero de ficção especulativa ecologicamente orientado conhecido como “solarpunk” e seu valor para a causa da justiça ambiental associando soluções com a AGENDA 2030 Objetivo 2: fome zero, trazendo grandes soluções ecológicas na agricultura urbana. 

Este artigo argumenta que o status que é caracterizado por uma relativa inação na questão do combate às mudanças climáticas e que essa inação é resultado de uma incapacidade de imaginar um futuro “verde”. 




AGENDA 2030: FOME ZERO E A AGRICULTURA SUSTENTÁVEL


Aumento da população urbana foi acompanhado do crescimento da indústria de alimentos. 

Cerca de 54% dos habitantes do planeta vivem, hoje, em áreas urbanas, segundo estimativas da ONU. O acelerado processo de concentração da população nas cidades – em 1950, não chegava a 30% – não foi acompanhado apenas de uma série de problemas socioambientais. Também houve um crescente aumento do consumo de alimentos calóricos e ultraprocessados – pouco nutritivos e quimicamente tratados – apontados como os principais responsáveis pelo aumento dos índices de obesidade, diabetes e doenças cardiovasculares. O quadro é agravado em função dos quase 25% da população urbana mundial que moram em favelas, em situação de pobreza e com acesso ainda mais restrito aos alimentos de boa qualidade.

>>>A fome no Brasil

No nosso país a situação também não é nada fácil, pois de 211,7 milhões de brasileiros, 116,8 milhões apresentam alguma Insegurança Alimentar e 43,4 milhões não possuem alimentos suficientes e ainda 19 milhões de brasileiros enfrentam a fome segundo a FAO.

O Brasil conseguiu sair do Mapa da Fome em 2014, graças à amplitude do Programa Bolsa Família, segundo a CNN Brasil, mas as coisas não andam bem e surge uma ameaça do nosso país voltar ao mapa.

Parece esquisito, mas só em 2014 o Brasil saiu do Mapa da Fome e ainda corre o risco de voltar. Ainda existem muitos países nos quais as pessoas estão ingerindo menos calorias que o recomendado e essa realidade não está tão distante de nós.


>>>A fome na Zona Rural

Em nosso país a zona rural sofre mais com a fome, sendo que 3 em cada 4 famílias do campo comem mal ou passam fome no Brasil, segundo CEDESF – Centro de Documentação Eloy Ferreira da Silva.

A ONU já está atenta a isso e um dos objetivos da Agenda 2030 é especial para combate a fome e estimular a agricultura sustentável.

Movimento solarpunk elabora narrativas em um futuro movido a energias renováveis.


>>> O que é fome?

Para entender a fome, precisamos entender o que é segurança alimentar.
Segurança alimentar, segundo a ONU, é quando todo mundo tem acesso a uma alimentação suficiente, nutritiva e segura que tenha as necessidades dietéticas satisfeitas, para uma vida saudável e ativa. Qualquer coisa diferente disso é considerado fome.
Até 2015 os números da fome vinham caindo, devido ao desenvolvimento da agricultura e ao crescimento econômico, mas infelizmente de 2015 pra cá, os números voltaram a crescer.
De acordo com a FAO – Food and Agriculture Organization of the United Nations, diz que aproximadamente um décimo da população global –até 811 milhões de pessoas– estava subalimentada no ano passado.

>>> Neste item destacamos alguns objetivos: Acabar com a fome;
  • Melhorar a nutrição;
  • Promover a agricultura sustentável;
  • Garantir a segurança alimentar.

OBJETIVO 2. ACABAR COM A FOME, ALCANÇAR A SEGURANÇA ALIMENTAR E MELHORIA DA NUTRIÇÃO E PROMOVER A AGRICULTURA SUSTENTÁVEL

>>>Metas para Combater a Fome

As metas criadas para a agenda 2030 são:

  • 2.1 Até 2030, acabar com a fome e garantir o acesso de todas as pessoas, em particular os pobres e pessoas em situações vulneráveis, incluindo crianças, a alimentos seguros, nutritivos e suficientes durante todo o ano.
  • 2.2 Até 2030, acabar com todas as formas de desnutrição, incluindo atingir, até 2025, as metas acordadas internacionalmente sobre nanismo e caquexia em crianças menores de cinco anos de idade, e atender às necessidades nutricionais dos adolescentes, mulheres grávidas e lactantes e pessoas idosas.
  • 2.3 Até 2030, dobrar a produtividade agrícola e a renda dos pequenos produtores de alimentos, particularmente das mulheres, povos indígenas, agricultores familiares, pastores e pescadores, inclusive por meio de acesso seguro e igual à terra, outros recursos produtivos e insumos, conhecimento, serviços financeiros, mercados e oportunidades de agregação de valor e de emprego não agrícola
  • 2.4 Até 2030, garantir sistemas sustentáveis de produção de alimentos e implementar práticas agrícolas resilientes, que aumentem a produtividade e a produção, que ajudem a manter os ecossistemas, que fortaleçam a capacidade de adaptação às mudanças climáticas, às condições meteorológicas extremas, secas, inundações e outros desastres, e que melhorem progressivamente a qualidade da terra e do solo.
  • 2.5 Até 2020, manter a diversidade genética de sementes, plantas cultivadas, animais de criação e domesticados e suas respectivas espécies selvagens, inclusive por meio de bancos de sementes e plantas diversificados e bem geridos em nível nacional, regional e internacional, e garantir o acesso e a repartição justa e equitativa dos benefícios decorrentes da utilização dos recursos genéticos e conhecimentos tradicionais associados, como acordado internacionalmente.
  • 2.a Aumentar o investimento, inclusive via o reforço da cooperação internacional, em infraestrutura rural, pesquisa e extensão de serviços agrícolas, desenvolvimento de tecnologia, e os bancos de genes de plantas e animais, para aumentar a capacidade de produção agrícola nos países em desenvolvimento, em particular nos países menos desenvolvidos.
  • 2.b Corrigir e prevenir as restrições ao comércio e distorções nos mercados agrícolas mundiais, incluindo a eliminação paralela de todas as formas de subsídios à exportação e todas as medidas de exportação com efeito equivalente, de acordo com o mandato da Rodada de Desenvolvimento de Doha.
  • 2.c Adotar medidas para garantir o funcionamento adequado dos mercados de commodities de alimentos e seus derivados, e facilitar o acesso oportuno à informação de mercado, inclusive sobre as reservas de alimentos, a fim de ajudar a limitar a volatilidade extrema dos preços dos alimentos


>>>O que está por trás da Agenda 2030?

A Agenda 2030 afirma que, para pôr o mundo em um caminho sustentável, é preciso tomar medidas ousadas e transformadoras. Os ODS, por sua vez, constituem uma ambiciosa lista de metas a serem cumpridas até 2030. O objetivo principal dessa nova agenda é não deixar ninguém para trás.

Objetivo 2: Fome zero e agricultura sustentável





INTRODUÇÃO A CULTURA SOLAR PUNK:

>>> Pacto de Milão

O Rio de Janeiro sedia em 29, 30 e 31 de maio de 2019, o 1º Fórum Latino-Americano das Cidades Signatárias do Pacto de Milão. 

Alinhado com os propósitos da Agenda 2030 e apoiado pela União Europeia e pela FAO (órgão da ONU voltado para alimentação e agricultura), o Pacto visa estimular as cidades para que assumam seu papel estratégico na construção de políticas públicas voltadas ao desenvolvimento de sistemas alimentares saudáveis e sustentáveis.

Especialistas das 26 cidades latino-americanas que participam do Fórum se reunirão, no Museu do Amanhã e no Museu de Arte do Rio, para debater várias questões relacionadas ao tema – da rotulagem dos alimentos ao incentivo da agricultura urbana. 

A expectativa é de que seja produzido um documento, a Carta do Rio de Janeiro, que conterá uma série de intenções, com vistas à implantação de políticas públicas nas cidades participantes. 

Epitácio Brunet, crê que a cidade deverá assumir uma posição de protagonismo na política de agricultura urbana e segurança alimentar no continente, o Rio ainda foi convidado para ser a sede regional do Pacto de Milão na América Latina.

Ele que está à frente da organização do Fórum, acredita que o evento facilitará a construção de uma rede de troca de informações sobre as melhores práticas. 


Solarpunk

Movimento solarpunk elabora narrativas em um futuro movido a energias renováveis

O solarpunk surgiu na literatura em uma coletânea de contos brasileira publicada em 2012 pela editora Draco e organizada pelo premiado escritor de ficção científica Gerson Lodi-Ribeiro. A obra já foi traduzido para o inglês e o italiano e tem influenciado escritores em diversos países. 

Na França, o movimento Happy Collapse é de um otimismo similar, embora sem o viés estético dos derivados do Punk. O mundo, tal qual conhecemos, irá colapsar, mas podemos nos preparar desde já para viver melhor, com menos recursos.

O movimento Solarpunk, que começou a tomar forma no início deste século como uma derivação do Steampunk e do Cyberpunk, associada à preocupação com a ecologia e as distopias do possível colapso do planeta, é um bom exemplo atual.

1984, Fahrenheit 451, O Conto da Aia e muitas outras obras clássicas e contemporâneas compartilham uma característica: retratam sociedades disfuncionais ao extremo distorcendo algum aspecto negativo de nossa realidade, como o autoritarismo, o anti-intelectualismo ou a misoginia. 

No filme Inception (A Origem) de 2010, o personagem Don Cobb (Leonardo Di Caprio) mergulha no inconsciente de Robert Fischer, filho de um poderoso empresário, para inseminar uma ideia que dará origem a uma cadeia de associações e transformará sua decisão sobre a divisão do império de seu pai, que está à beira da morte.  É uma espécie de ˜efeito borboleta˜, da Teoria do Caos, quando temos uma série de eventos concatenados e uma pequena alteração de uma variável no início da série pode resultar em uma gigantesca mudança no evento final. Seria impossível convencer Fischer numa abordagem direta. A ideia de dividir o império deveria partir dele.

Notavelmente, uma das poucas antologias solarpunk até hoje foi publicada no Brasil, originalmente em português (Lodi-Ribeiro, 2018) – nesse sentido, constitui não apenas a representação in-ficção de pessoas de cor, mas também a representação direta de vozes do Sul Global. Solarpunk tem sido um espaço de representação de mulheres, pessoas trans e pessoas não-binárias, com a promessa de que o futuro será aquele que supera sua história de misoginia e patriarcado. 
Da mesma forma, o solarpunk fornece um espaço para a representação de um futuro livre de heterossexismo, um futuro além da monogamia compulsória (como o que Le Guin retrata em The Dispossessed), ou um futuro além do gênero. 
Em um exemplo notável, “Dust” de Daniel Jose Older (2017) brinca com gênero e sexo, retratando um personagem cuja anatomia sexual muda com frequência crescente. 

Solarpunk, como um gênero eminentemente preocupado com a justiça, torna a representação central para sua estrutura e mensagem – representação de vários níveis de habilidade mental e física, de vários gêneros, raças e sexualidades.

Essas narrativas são as chamadas distopias e, nos últimos anos, não há uma semana em que livros desse gênero não estejam entre os mais vendidos no Brasil e em outros países.

Uma das maiores influências do solarpunk é a tradição utópica: imagina o que o futuro pode ser, além do que é hoje.

Nesse sentido, compartilha muito com a obra de Ursula K. Le Guin, talvez a influência mais mencionada no gênero solarpunk (Heer, 2015; Ulibarri, 2018b). 

The Dispossessed, de Le Guin, é completamente uma história de ficção científica – apresenta viagens interplanetárias e um físico perseguindo o método para comunicação mais rápida que a luz. No entanto, sua principal reivindicação à fama é a representação de um planeta guiado por princípios anarquistas. 

Le Guin faz um esforço de boa fé para retratar essa sociedade, explicando suas dificuldades e desvantagens. É utópico, sim, mas não deseja simplesmente que seus problemas desapareçam. Ele contém uma reflexão crítica sobre como é uma sociedade que defende a igualdade econômica e de gênero – utópica, mas não perfeita. 



A força desses movimentos está em sua coautoria, na disposição individual e coletiva de transformar, no compartilhamento de uma visão difusa de um futuro melhor, do qual importamos a felicidade idealizada para o momento presente. 
Solarpunk
Solarpunk chega até nós como uma “mensagem do futuro”, como histórias das perspectivas de pessoas que conseguiram se mobilizar contra as mudanças climáticas. 

No que inevitavelmente será considerado uma peça central e politicamente importante da ficção solarpunk, “A Message From the Future with Alexandria Ocasio-Cortez”, um Ocasio-Cortez mais velho explica como será o futuro e como eles chegaram lá (Ocasio-Cortez). Cortez & Lewis, 2019). 

acesse o link para assistir o vídeo:

O vídeo descreve o papel da redistribuição de riqueza, as mudanças fundamentais no emprego, estilo de vida, planejamento etc. – em suma, oferece um roteiro para um futuro solarpunk.  O quadro em que o vídeo termina exibe a legenda “nós podemos ser o que tivermos a coragem de ver”, refletindo a relação entre ficção esperançosa e justiça climática. Atrás da legenda está um grupo de pessoas racial e culturalmente diversas em uma cidade verde com painéis solares. Essa combinação de esperança, jardins, diversidade e transporte público de alta qualidade é definitivamente solarpunk. 

Solarpunk

Como o solarpunk vem do futuro, ele quebra a ilusão de que as coisas não podem ser assim. Se hoje é “mais fácil imaginar o fim do mundo do que o fim do capitalismo”, então, o solarpunk visa imaginar o belo futuro que a catástrofe climática ameaça tirar de nós. 

Talvez, ao fazer o trabalho pesado de imaginar o futuro para nós, o solarpunk possa mudar a formulação, quebrar nosso coma auto-induzido e nos estimular à ação. 

Como diz Strazds (2019), “quando inspiramos esperança, inspiramos ação e vemos mudanças”.


Smart City Solarpunk

A Estética
Solarpunk, com sua beleza estética e visão pungente, demonstra que as mudanças exigidas daqueles que vivem no Norte Global não precisam ser sacrifícios – que o futuro reserva mais maravilha se for solarpunk do que se persistir como o mundo pseudo-cyberpunk em que vivemos hoje. 

Se a resistência à ação sobre as mudanças climáticas vem do medo de perder o padrão de vida, o solarpunk demonstra que essas mudanças valem a pena, do ponto de vista da justiça e do bem-estar. 

Os compromissos da Solarpunk com a justiça, o amor e a beleza são empoderadores.  É um antídoto para a dor climática; é o tipo de energia que pode impulsionar a ação. 

Como cultura, somos “incapazes de deixar claro exatamente o que [queremos] fazer antes de desenvolver a linguagem na qual [conseguimos] fazê-lo” (Rorty, 1989, p. 13). Se essa linguagem é alguma coisa, é a linguagem estética e narrativa do solarpunk.

https://www.reddit.com/r/solarpunk/comments/un5xmz/i_made_music_for_that_beautiful_solarpunk_short/?utm_source=share&utm_medium=web2x&context=3

Esteticamente, o solarpunk é fortemente influenciado pelo afrofuturismo, retrofuturismo e várias vertentes do utopismo. 

  • AFROFUTURISMO
Do afrofuturismo, o solarpunk assume uma orientação para diversas formas culturais (onde o presente, especialmente no Ocidente, tende à homogeneidade cultural de massa) e uma preocupação aguda com questões de igualdade racial e de gênero (ver Goh, 2018). Para um exemplo de diversidade cultural como tema-chave, a história de Yilun Fan (2017) “Speechless Love” apresenta um protagonista a bordo de um hovercraft (sobre um mundo semi-destruído) preservando a herança cultural chinesa passada a eles por seu pai. Para um exemplo de gênero e representação, T.X. Watson (2017) “The Boston Hearth Project” apresenta um protagonista que usa explicitamente os pronomes “zie/zir” – o equivalente linguístico de “ele/ele” ou “ela/ela” como usado por aqueles no binário de gênero – oferecendo representação para identidades de gênero não-binárias. 

Arquitetura e roupas únicas e diversificadas, muitas vezes refletindo culturas denegridas pela hegemonia ocidental, são elementos de uma estética solarpunk com raízes no afrofuturismo. A arte conceitual solarpunk agora clássica de Olivia Louise talvez seja o melhor exemplo disso, com sua representação proeminente de pessoas de cor em trajes claramente não ocidentais. Como ficção especulativa preocupada com a harmonia ecológica, as histórias solarpunk geralmente ocorrem em mundos com um passado (ou um presente em colapso), como o nosso, de consumismo em massa, degradação ambiental e exploração colonial com os quais os personagens devem lidar (Ulibarri, 2018a) . Isso também fundamenta semelhanças entre o afrofuturismo e o solarpunk, com um acerto de contas no universo ou temático com essas injustiças. 

  • RETROFUTURISMO
No entanto, o solarpunk também compartilha uma linhagem com o retrofuturismo, em mais de uma maneira. 

Vale ressaltar que o retrofuturismo já foi simplesmente futurismo, até que esse futuro não chegou. O que as pessoas da década de 1950 imaginavam que seria o futuro é, muitas vezes, a essência do retrofuturismo. 

Da mesma forma, o solarpunk pode ser descrito como (uma visão para) o que os otimistas de nosso tempo imaginam que seja o futuro. No entanto, as apostas são muito maiores aqui. 

Adaptando uma frase de Joel Kovel (2014), o futuro será solarpunk, ou não haverá futuro. 

Muitos dos aspectos dos futuros imaginados nos anos 50, porque nunca chegaram, ainda podem persistir em futuros solarpunk: monotrilhos, arquitetura predominantemente de vidro fundido com vegetação, etc. 

Muito do retrofuturismo é rejeitado pelo solarpunk: tudo nuclear (tanto familiar quanto energia), a dependência do transporte individual (ou seja, carros) e a glorificação da cultura consumista.


The Fifth Sacred Thing by Jessica Perlstein www.jessicaperlstein.com









Solarpunk


>>> A educação para a sustentabilidade busca, entre outras coisas, estimular o “desenvolvimento de conhecimentos, habilidades, valores e atitudes necessários para a transição para uma sociedade mais sustentável e justa para todos” (Evans, 2019, p. 11). Que isso possa ser considerado a missão do próprio solarpunk não é por acaso. A ficção científica tem sido frequentemente citada como fonte de inspiração para novas tecnologias e desenvolvimentos sociais, desde os “robôs” de Asimov até a figura cada vez mais identificável do ciborgue (Haraway, 1991; Idier, 2000). De fato, a promessa da ficção prefigurativa não é simplesmente que ela pode prever o futuro, mas que irá produzi-lo. Assim como alguém inspirado pelos homens mecânicos nas histórias de Asimov pode buscar a robótica, as tecnologias, sociedades e arquitetura sustentáveis ​​do solarpunk têm o potencial de inspirar sua própria existência.
Solarpunk




>>> Le Guin enfatiza a maneira como a ficção científica ensina os leitores a considerar a simples possibilidade diante deles, o fato de que o futuro ainda não está anunciado. Nesse sentido, a ficção científica oferece terreno fértil para o ensino ou análise literária que altera o imaginário social de seus leitores. Como explica Buckles (2018), “o imaginário social é o entendimento comum que torna as práticas sociais possíveis e legítimas” (p. 16). Conforme detalhado acima, a ficção científica tem a capacidade de alterar a paisagem do que os leitores acreditam ser possível, seja tecnologicamente ou socialmente. Solarpunk orgulhosamente avança esta tradição pedagógica, contribuindo para a produção de um “imaginário social ecológico” – isto é, que é “baseado em uma visão global, orientada para o futuro e ecocêntrica do mundo” (Buckles, 2018, p. 125). ).



Solarpunk Aesthetic agritecture: Crops Ahoy: Farms That Float No 


>>> A ficção pode nos ensinar o que pode ser o futuro, mostrando-nos que, contra a “engana e engano” que torna difícil imaginar um mundo melhor, as coisas realmente podem mudar. 

A ficção oferece entendimentos do mundo (ou de seu possível futuro) que são novos, que nunca foram expressos antes. Nesse sentido, a ficção oferece um novo vocabulário para entender o presente e o futuro. 

A ficção solarpunk é “uma ferramenta para fazer algo que não poderia ter sido previsto antes do desenvolvimento de um conjunto particular de descrições, aquelas que ela mesma ajuda a fornecer” (Rorty, 1989, p. 13). 

Aqueles que não veem um futuro de combate bem-sucedido às mudanças climáticas provavelmente não tomarão as medidas para chegar lá. A ansiedade climática surge não em face das mudanças climáticas, mas em face de nossa falta de vontade coletiva de agir sobre ela. Para evitar a armadilha do luto climático niilista, precisamos entender genuína e profundamente que podemos e faremos as mudanças necessárias. 


Solarpunk

Solarpunk Aesthetic agritecture: Crops Ahoy: Farms That Float No  / Culturas Ahoy: Fazendas que não flutuam
Reddit Solarpunk Is Not About Pretty Aesthetics.
 It's About the End of Capitalism: r/solarpunk

Dessa forma, a ficção solarpunk pode ser considerada pedagógica: por meio da representação e do despertar da imaginação, o conhecimento, as habilidades e a criatividade necessários para produzir um futuro ecológico chegam aos corações e mentes dos leitores. 
Essa é uma virtude que pode ser trazida à tona lendo ou escrevendo ficção solarpunk – de fato, escrever solarpunk exige que os alunos considerem quais aspectos da estrutura socioeconômica contribuem para os danos ambientais e imaginem como eles podem ser superados ou melhorados. 
Da mesma forma, a ênfase na justiça climática que é incorporada ao gênero promove os valores e atitudes específicos necessários para uma transição para a sustentabilidade, em parte porque essa é a razão de ser do solarpunk. Como escreve Ursula Le Guin (1974), “se a ficção científica tem um grande dom a oferecer à literatura, acho que é apenas isso: a capacidade de enfrentar um universo aberto. 
Fisicamente aberto, psiquicamente aberto. Nenhuma porta fechada” (pp. 24-25). Os mundos Solarpunk deixam aberta a porta física (leia-se: econômica e tecnológica) para a sustentabilidade em sua fisicalidade, iluminando os leitores com o conhecimento e as habilidades de seus habitantes; os mundos solarpunk deixam aberta a porta psíquica (leia-se: ética e cultural) para a sustentabilidade em seu compromisso com a justiça racial, de gênero e climática.





D_ JACOBUS ROBOT AND INSECT ECOSYSTEMS MAPS


Nesse futuro, viveremos melhor e seremos mais felizes, então decidimos trabalhar para construí-lo e vivemos melhor e somos mais felizes enquanto fazemos isso.

No entanto, uma nova tendência literária parece ganhar tração depois de o mundo ter mergulhado em um cenário digno de distopia, com a ascensão de líderes extremistas e o surgimento da pandemia de covid-19. 

Em vez de imaginar um cenário horrível, alguns escritores têm tentado se rebelar ao inventar mundos otimistas. Um novo subgênero vem se destacando nessa seara: o solarpunk, cujas tramas se passam em futuros sustentáveis e movidos a energias renováveis. E o Brasil é protagonista nessa história.


“O movimento Solarpunk e a inovação corporativa” 


As grandes mudanças sociais seguem a mesma receita. Aqui e ali absorvemos elementos fractais de uma ideia que vai se formando como se fosse nossa, mas que contamina o inconsciente coletivo. É nossa, mas é de todos, e parece não ter um autor em especial. Simplesmente, começa a fazer sentido e toma conta da sociedade.

A ideia de que um futuro melhor é possível desde que plantemos suas sementes nas rachaduras deste mundo que começa a dar sinais de que irá ruir em algum momento, não tem um autor único identificável. Ninguém em particular se posiciona como líder do movimento, mas multiplicam-se os entusiastas, eu sou uma. 


"Podemos fazer diferente, fazer diferença e mudar o mundo. A cínica rebeldia Punk, contra cultural e desconstrutiva, se transforma no desejo de construir algo melhor, com a m"esma simplicidade e autonomia de pensamento.

A inovação sustentável nas organizações pode seguir o mesmo caminho. É claro que o CEO pode decidir a inovação e ordenar sua implementação, mas será um processo de transformação custoso e sofrido, com muitas baixas pelo caminho.

Mas se a ideia transformadora é inseminada, a inovação emergirá de forma natural. O esforço será muito menor e o resultado mais consistente. Não precisaremos implementar uma mudança cultural para acomodar a inovação. A cultura se transformará enquanto a semente da inovação germina.

O líder inovador não será o autor da inovação, mas o inseminador da ideia transformadora. Ou, muitas vezes, apenas o criador do ambiente propício e o agente inspirador para que essas ideias surjam e se apoderem da equipe.

"Convide a equipe de arquitetos , geógrafos, biólogos, ambientalistas, engenheiros entre tantos outros profissionais do meio ambiente a imaginar futuros melhores e logo todos estarão buscando os caminhos que levam até lá."


SATURAÇÃO. “O leitor está um pouco exausto da enxurrada de narrativas distópicas”, afirma Gerson ao Estadão. “A gente já está vivendo um cenário distópico. 

Agricultura Sustentável como ajuda!

Só da agricultura sustentável não comprometer as próximas gerações, respeitando o meio ambiente e suprindo as demandas, já é uma ajuda e tanto.

Mas ela é um conceito amplo, envolvendo:
  • Diminuição ou extinção de defensivos agrícolas;
  • Desenvolvimento de sistemas que conseguem captar a água da chuva;
  • Não poluir, nem desmatar, e muito mais.

Isso tudo com o objetivo de manter a terra saudável e fértil, acabando com a escassez alimentar.



AGENDA 2030 E AGRICULTURA URBANA

Segurança alimentar e agricultura urbana: um breve panorama

Informações do Atlas do agronegócio: fatos e números sobre as corporações que controlam o que comemos, publicado em 2018 pelas fundações Heinrich Böll e Rosa de Luxemburgo indicam uma tendência de concentração crescente na produção e distribuição dos insumos da cadeia alimentar. O mercado de sementes, por exemplo, é mundialmente controlado por quatro empresas transnacionais, que usam transgênicos e padronizam a produção para atender as necessidades da indústria alimentícia. Ou seja, além do quadro de empobrecimento do valor nutritivo da alimentação, o cultivo cada vez menor de espécies nativas reduz a diversidade e a variedade das espécies.

Defendendo, entre outras questões, a necessidade da implantação de novos padrões produtivos e de consumo, mais saudáveis para a humanidade e para o planeta, a ONU articulou, em 2015, um acordo mundial – a Agenda 2030 – com uma lista de 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). As questões relacionadas à segurança alimentar se relacionam com vários ODS, como o primeiro, o segundo, o terceiro e o décimo segundo, que dizem respeito, respectivamente, à erradicação da pobreza, à fome zero e à agricultura sustentável, à saúde e ao bem estar, e ao consumo e à produção responsáveis.

EVENTOS DA AGRICULTURA URBANA

Hortas e orgânicos

Circuito Carioca de Feiras Orgânicas, na Urca

Vistos como saída para reduzir a ingestão de alimentos transgênicos ou cultivados e fabricados com substâncias tóxicas, o apoio aos produtos orgânicos e artesanais vem ganhando cada vez mais destaque na sociedade. Um exemplo é o Circuito Carioca de Feiras Orgânicas, coordenado pela Secretaria Municipal de Desenvolvimento, Emprego e Inovação (SMDEI). É um sucesso de vendas, mas só atinge alguns bairros da cidade, a maioria na Zona Sul e nas áreas nobres das Zonas Norte e Oeste.

O pesquisador da Unicamp Valter Palmieri Júnior afirmou ao jornal da universidade (27/abril/2017) que, desde 2003, se instalou, no Brasil, uma tendência de gourmetização dos produtos orgânicos e artesanais, ou seja, um viés de venda de versões mais luxuosas e caras de produtos tradicionais, acompanhada de discursos alimentares que acirram as diferenciações sociais. Buscando popularizar o consumo desses alimentos, o engenheiro agrônomo Júlio César Barros, atual gerente de Agroecologia e Produção Orgânica da Secretaria Municipal de Conservação e Meio Ambiente (Seconserma), criou o projeto Hortas Cariocas, em 2009. Com o passar do tempo, o programa ganhou novos objetivos, como a educação alimentar, a geração de renda e o restabelecimento das referências rurais na cidade.

No ano passado, as 42 hortas cariocas produziram 60 toneladas de alimentos. Entre elas, a do Anil, que virou um centro de produção de mudas; a de Manguinhos, a maior horta pública da América Latina; e a da E.M. Emma D’Avila de Camillis (10ª CRE), a maior entre as escolas da Rede Pública Municipal de Ensino do Rio de Janeiro.Horta orgânica na E.M. Emma D'Avila de Camillis, em Pedra de Guaratiba. 

Para incentivar o plantio de hortas, principalmente entre as famílias de baixa renda, a Subsecretaria Municipal de Meio Ambiente inaugurou, no ano passado, o Centro Municipal de Agroecologia e Produção Orgânica, no Parque Madureira. Para a FAO, a horticultura urbana e periurbana oferece uma via de saída da pobreza. Nas favelas de Lima, no Peru, por exemplo, elas viraram uma prática entre as mulheres, que usam uma parte do tempo para cuidar das tarefas domésticas e outra para o plantio de alimentos, que servem tanto para abastecer a casa como para gerar renda extra.

Agricultores cariocas

O Brasil é campeão mundial na produção de alimentos transgênicos, no consumo de agrotóxicos e no desmatamento de ecossistemas nativos, segundo o Atlas do agronegócio. Diante desse quadro, os pequenos agricultores ganham posição estratégica cada vez maior, quando o assunto é segurança alimentar e diversidade.

No caso do Rio de Janeiro, o censo agropecuário de 2018 contabilizou 1.300 estabelecimentos de agricultura familiar na cidade. Parte dos agricultores vende sua produção para a Secretaria Municipal de Educação (SME), que se esforça para aumentar essa participação no fornecimento da alimentação escolar. Mas questões de ordem burocrática, administrativa e fiscal, que afetam os produtores, fazem com que o programa não se expanda tanto quanto o almejado, ou na velocidade desejada.Horta no Morro da Formiga, Rio de Janeiro. 

Segundo Epitácio Brunet, subsecretário de Desenvolvimento Econômico e Planejamento da SMDEI, a administração do município também tem feito outros esforços para incentivar e ampliar o suporte à agricultura urbana carioca, como a realização de quatro pré-conferências com os agricultores e demais segmentos da cadeia produtiva, a fim de recriar o Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural. A expectativa é que esse Conselho crie câmaras técnicas que façam levantamentos sobre as necessidades dos pequenos produtores.

O município também articulou com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) estudos sobre os aspectos que afetam a atividade – como as questões de logística, solo e irrigação –, para ter subsídios na formulação de uma política para o setor. Mas a extinção, pelo atual Governo Federal, da Secretaria Especial de Agricultura Familiar e do Desenvolvimento Agrário tem levado o subsecretário municipal a buscar um novo meio de dar continuidade ao projeto.



Conclusão: 
Solarpunk como Pedagogia Para os jovens de hoje, há uma ameaça persistente e rastejante. Essa ameaça é, paradoxalmente, não a mudança climática, mas o luto climático. Ou seja, uma sociedade bem organizada e consciente poderia facilmente abordar a questão das mudanças climáticas nas próximas décadas – fazendo a transição para todas as energias renováveis, reduzindo drasticamente o consumo e afastando-se de um sistema econômico que glorifica o crescimento ilimitado. 

No entanto, uma sociedade que acredita que a mudança climática é inevitável – que “as coisas não podem ser de outra forma” – é uma sociedade condenada. 

Lembro-me das primeiras linhas do Discurso sobre o colonialismo de Césaire: 
  • Uma civilização que se mostra incapaz de resolver os problemas que cria é uma civilização decadente. 
  • Uma civilização que opta por fechar os olhos para seus problemas mais cruciais é uma civilização atingida. 
  • Uma civilização que usa seus princípios para trapaças e enganos é uma civilização moribunda. (Césaire, 1972, p. 9)



Literatura Solarpunk Recomendada:
  1. Ecotopia by Ernest Callenbach
  2. Glass and Gardens: Solarpunk Summers edited by Sarena Ulibarri
  3. Sunvault: Stories of Solarpunk and Eco-speculation edited by Phoebe Wagner & Brontë Christopher Wieland
  4. The Fifth Sacred Thing by Starhawk
  5. Suncatcher: Seven Days in the Sky by Alia Gee

PESQUISAS REALIZADAS:
https://www.nexojornal.com.br/
https://terramagna.com.br/blog/fome-zero-e-agricultura-sustentavel/
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https://gtagenda2030.org.br/
http://www.susted.com/wordpress/content/solarpunk-the-pedagogical-value-of-utopia_2020_05/

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

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